por T. Austin-Sparks
Capítulo 7 - O Nome do Senhor em Sião
“Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade… Tu o introduzirás e o plantarás no monte da tua herança, no lugar que aparelhaste, ó SENHOR, para a tua habitação, no santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram” (Êxodo 15:13; 17).
“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem há de permanecer no seu santo lugar?” (Salmos 24:3).
“Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai” (Apocalipse 14:1).
“Porque o SENHOR edificou a Sião, apareceu na sua glória… a fim de que seja anunciado em Sião o nome do SENHOR e o seu louvor, em Jerusalém” (Salmos 102:16; 21).
A passagem citada acima do livro de Êxodo é notável quando se refere à chegada em Sião - que é a habitação sagrada e o monte do Senhor - como se isso já fosse um fato consumado, e isso ainda no início da história de Israel como uma nação. Perceba que Êxodo 15 retrata o momento em que Israel acabava de sair do Egito e cruzava o Mar Vermelho. Por meio dessa canção inspirada, aquelas pessoas contemplaram o objetivo final da jornada. A sua linguagem toma os fatos como consumados. “Tu guiaste... tu levaste... à tua habitação…”. Podemos vislumbrar toda a história do Novo Testamento sintetizada nesse pequeno grupo de palavras. Temos essa mesma visão logo no início da história da Igreja, na abertura do livro de Atos. Ali, quando acabamos de passar pelo Calvário e saímos da esfera de autoridade das trevas, percebemos que todo o espírito e a atmosfera desse livro indicamo o cumprimento do seu propósito final. Vemos o povo do Senhor ali, cheio de fé, em espírito e alegria, já desfrutando do final da jornada. Eles chegaram em Sião, subiram ao monte do Senhor e gloriosamente puderam declarar o nome do Senhor em Sião, e podemos ver isso acontecendo bem no início do livro de Atos. Sempre que o Senhor traz à luz Seu propósito nas eras, Ele sempre faz isso em glória. Esse fim é sempre acompanhado por uma sensação de plenitude e realização. Sempre aconteceu dessa maneira, e quem vivenciou aqueles momentos sentiu: “Chegamos ao fim, chegamos!” Esse era o espírito.
É assim que nos sentimos quando verdadeiramente nascemos de novo. No momento que isso acontece conosco, sentimos como se não restasse mais nada a ser feito, estamos prontos para a glória, o céu chegou até nós! Ninguém precisa nos dizer nada, nem ensinar nada! É aquele espírito da juventude que diz: Tenho mais compreensão do que todos os meus mestres! É tudo glória, Deus entra em cena, vemos a entrada triunfal do grande propósito das eras e sentimos que já o alcançamos. Nos sentimos dessa forma sempre que o Senhor entra em cena. Ele concede essa experiência no início, uma visão, uma consciência, uma compreensão da grandeza e da glória de Seu propósito; e nós somos inundados nessa atmosfera. Foi assim que aconteceu naqueles primeiros dias da história da Igreja.
Também vemos uma mudança no tempo verbal. "Tu o introduzirás …”. Não demorará muito para descobrirmos que não desfrutamos apenas de um antegozo presente, mas também entramos em um processo. Entramos em um processo, mas ainda precisaremos ir mais longe antes de chegar ao objetivo final. Percebemos esse glorioso paradoxo glorioso. O Espírito Santo toca no fim antecipadamente para tornar tudo mais real, para que não seja apenas uma sensação, um êxtase, mas Ele opera para transformar a experiência numa realidade interior. Embora Israel tenha cantado tão vigorosamente sobre chegar ao fim da jornada quando acabava de atravessar o Mar Vermelho, eles ainda precisariam aprender que havia um longo caminho a percorrer na geografia espiritual até que aquilo se tornasse em algo concreto na sua experiência, por melhor que aquilo tenha sido percebido pelos seus sentidos.
Mas o que o Senhor está fazendo ao trazer juntar essas duas coisas? Ele combina essas duas sensações: de que chegamos ao Monte Sião, mas que ainda assim temos um longo caminho a percorrer e que algo mais precisa acontecer? O Senhor nos conhece muito bem, Ele conhece as realidades. O Senhor não edifica sobre fundamentos abstratos e nebulosos, mas busca pessoas reais. Como já dissemos, o povo espiritual do Senhor é o povo mais real da terra. Esse povo precisa aprender gradualmente como as coisas espirituais são reais, desesperadamente reais. Não me refiro a conceitos mentais, mas realidades tremendas. Essas forças do mal são muito, muito reais. A base que essas forças malignas têm na humanidade caída são muito, muito reais. Tudo o que se relaciona com nossa vida espiritual é extremamente real, e o Senhor é o grande Realista naquilo que nos diz respeito. Ele não aceitará nada que seja apenas fruto de uma emoção. Ele dá o antegozo, o penhor, e então diz: “Agora vou começar a trabalhar para tornar essa sua posição real”. Quando finalmente os cento e quarenta e quatro mil são encontrados com o Cordeiro no Monte Sião, notamos pelo contexto que aquelas pessoas passaram por experiências, não são um povo estabelecido ali por emoção, êxtase ou ensinamento. Eles não estão apenas fundamentados em uma verdade, mas a verdade está forjada dentro deles.
Isso nos leva imediatamente ao outro raio da roda que mencionamos anteriormente, cujo centro é Sião, o Nome do Senhor em Sião. Olhando para a realidade espiritual de todo este ensino do Antigo Testamento sobre Sião - que é o Pentecostes, o Senhor Jesus - o que ficou em absoluta evidência naquele momento? Qual era a palavra que era mais frequente nos lábios dos apóstolos e o que constituiu a dinâmica do ministério, do testemunho e da obra que eles realizaram? Não era o nome de Jesus? E esse nome não se tratava de uma mera designação, mas representava um registro poderoso. Esse nome carregava consigo todo o impacto e toda a força do céu. Nada pode resistir a esse Nome. As potências mundiais tentarão resistir, mas serão quebradas. Herodes pode tentar destruir os servos do Senhor e da Igreja, mas será imediatamente destruído. O Senhor dá evidências no livro de Atos de que o nome de Jesus não é um nome comum. “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome” [Fp 2:9]. Esse é o Nome de exaltação, da ascensão.
Sião é a personificação do Nome. Vamos rever sua história. Sião é a cidade de Davi, “a cidade do grande Rei”; e esse é o maior nome da história de Israel, que incorpora a maior glória da vida nacional desse povo. Aquele que é maior do que Davi ascendeu às alturas, e as hostes angélicas irromperam com canções festivas: “Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória”(Sl 24:7). No Novo Testamento, temos um título muito semelhante atribuído ao Senhor Jesus: ”jamais teriam crucificado o Senhor da glória” (1Co 2:8), e, novamente, lemos: “Vós... matastes o Príncipe da vida; ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos” (At 3:14,15 - ACF). “Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião” [Sl 2:6]. Vemos que Sião é o nome do poder e da glória supremos; e sabemos que ao nome de Jesus todo joelho se dobrará, “nos céus, na terra e debaixo da terra” (Fp 2:10). Sião então representa o poder, a glória e a soberania do nome do Senhor Jesus manifestando seu grandioso poder nas questões espirituais e, às vezes, também naquilo que é temporal. É o registro do poder desse Nome que traz consigo toda autoridade no céu e na terra - esse é o Nome de autoridade.
Acredito que nossa necessidade hoje é de restauração da autoridade do nome de Jesus na Igreja, ainda que não espero que todos concordem prontamente com minha afirmação. Usamos esse Nome com tanta frequência que acaba por se tornar parte de nossa linguagem e fraseologia, mas conhecermos muito pouco de sua virtude. Não estou sugerindo que você busque por demonstrações de poder e autoridade no nome de Jesus na esfera física e temporal, mas acredito que precisamos da presença do poder do Nome para enfraquecer todos os outros poderes que se opõe a nós e que são mais poderosos que essas demonstrações temporais. O que realmente precisamos é de um poder (ou uma força) operante que permaneça, persista e supere, de uma forma silenciosa, calma e estável, todas as forças adversas que atuam para frustrar a continuidade de nosso progresso na esfera espiritual. Avançaremos, a obra se cumprirá. Você ficará maravilhado quando perceber que tudo aconteceu, se considerar toda a oposição que enfrentou. Os interesses do Senhor serão sustentados no caminho, e não apenas permanecerão, mas terão um acréscimo. Não encontraremos nenhuma explicação natural para isso além da operação de uma poderosa força Divina. Os poderes do mal e seus instrumentos podem fazer o que puderem ou desejarem, mas não poderão deter esse poder.
Penso que foi isso que aconteceu no início da história da Igreja. Temos muitas demonstrações no livro de Atos, que é um livro de princípios; ou seja, nesse livro o Senhor deixa certos princípios espirituais bem claros logo na fundação da Igreja, no início dessa dispensação. Ele pode até remover os meios que usou para deixar isso claro naquela ocasião, mas a realidade permanece; e quando pensamos nelas, é preferível que seja assim. Ninguém quer ver uma repetição contínua e diária do incidente de Ananias e Safira. Você gostaria de ver homens e mulheres serem literalmente executados entre o povo do Senhor porque pecaram contra o Espírito Santo? Não; o que desejamos é que as pessoas estejam cientes do fato de que não podem resistir ao Espírito Santo impunemente, que é muito perigoso para nossa vida espiritual e pode ser para nosso corpo também permanecer no caminho do Cristo exaltado. O que desejamos é ver Cristo como Senhor em Sua casa - mas isso não apenas por meio demonstrações paupáveis e temporais. Trata-se da operação de um poder espiritual, onde tudo é muito real e o Senhor é o Senhor.
Esse é o princípio do Nome. É uma grande autoridade espiritual operando, e nada pode resistir a ela. Oh, que fato grandioso! Muitas vezes penso que Gamaliel foi mais inspirado do que imaginamos ou do que ele mesmo poderia supor. Ele realmente proferiu uma grande verdade ao dizer: “se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus” (At 5:39). É inútil ficar no caminho de Deus. “Se for de Deus...”. Queridos amigos, essa é a única garantia que nós desejamos - que uma coisa seja de Deus. Se não for de Deus, então nossa oração é: que o Senhor nos livre disso! Mas se for de Deus, que todas as forças se combinem, que todas as línguas falem, que todos os artifícios sejam usados - ainda assim isso permanecerá! Por quê? Porque o Nome do Senhor será declarado em Sião. Este é o poderoso significado do Nome do Senhor. Este é o Nome do poder transcendente. Bem, esse é o fato, e é com isso que estamos preocupados.
Então, é claro, teremos um desafio. No livro de Atos, eles não permaneceram no monte Sião por muito tempo, isso não é tarefa fácil. ‘De fato’, é claro, a Igreja estará sempre presente ali, mas nem sempre ‘de verdade’. Dissemos em nossa meditação anterior que a Igreja tocou a terra cedo demais. Assim, em Corinto, encontramos crentes em conflito, afirmando: “Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo” (1Co 1:12). Isso é transformar outros nomes em alguma coisa, até mesmo rebaixando o Nome exaltado em espírito ao nível de partidos terrenos - “…e eu, de Cristo”. Gostos e desgostos humanos, preferências e antipatias, e todas as atividades do julgamento humano, o contato terreno com a criação caída, elevando outros nomes e abafando a glória do Nome.
Podemos ir até a Galácia e descobriremos que eles desceram de Sião e foram para o Sinai; isto é, eles trouxeram tudo ao nível da religião legalista do Antigo Testamento - o judaísmo com sua servidão legal - e a glória e o poder do Nome são mais uma vez suspensos. Onde quer que seja o caso, a causa subjacente sempre será a mesma. Você só poderá conhecer a operação do poder de ascensão do Senhor exaltado conforme representado por Seu nome, se permanecer com Ele em Sião. Desça à terra e você perde o registro do Seu poder.
Bem, quando chegava o dia de subir para Sião, e o que acontecia? Os homens de Israel deixavam suas aldeias, vilas e cidades tão insulares, separadas e distantes; deixavam tudo isso e saíam de sua divisão e separação. Todos subiam a um monte onde desfrutavam da grande realidade de sua unidade em um lugar celestial. Que abençoado isso era para eles! E o Senhor estabeleceu isso como um testemunho três vezes por ano, ao determinar: “Israel, vocês não são unidades isoladas e separadas, espalhadas por toda parte, vivendo suas próprias vidas em um vilarejo ou uma cidade; vocês são um povo que pertence à outra cidade lá de cima: seus nomes estão registrados no céu, vocês são a Igreja dos primogênitos”.
Oh, quanto temos na Palavra de Deus para reforçar isso! Veja Josué 21, por exemplo. Temos as quarenta e oito cidades levíticas. Os levitas ocupavam o lugar dos primogênitos em todo o Israel e, assim, tornaram-se no tipo da igreja dos primogênitos. Eles receberam cidades. Quais eram as cidades? Eles eram as representações locais da cidade, e isso é tudo. Eles não tinham significado particular, exceto por sua relação central com a cidade. Eles eram, por assim dizer, apenas um microcosmos da única cidade de Deus, uma expressão dessa cidade em todos os lugares; quarenta e oito - quatro vezes doze - uma ordem governamental. Doze é o número do governo, e o número doze é o tempo todo associado ao povo de Deus. Temos as doze tribos de Israel. Vemos o número doze sendo usado assim até o capítulo 21 do livro do Apocalipse. E os filhos primogênitos, a Igreja dos primogênitos, também representa isso. A filiação é o pensamento pleno de Deus. Quando você toca a filiação no pensamento de Deus, toca a maturidade em plenitude, a completude da realização espiritual. “Mas tendes chegado ao monte Sião... à igreja dos primogênitos” (Hb 12:22,23).
Bem, os levitas de Josué 21 e suas quarenta e oito cidades levíticas são apenas um dos muitos tipos desta grande verdade, que o pensamento de Deus para o Seu povo é maturidade e plenitude espiritual, por meio da qual Ele governa o mundo. Trata-se de um governo espiritual. Ah, devo prosseguir? Vocês sabem tão bem quanto eu que as pessoas que seguiram mais com o Senhor, que são as mais maduras espiritualmente, são as que realmente governam. Eles podem ser completamente inadequados neste mundo, podem não ter nenhuma das vantagens que os outros têm aqui, mas eles conhecem o Senhor e são as pessoas que se destacam em assuntos espirituais. Aqui temos todo o princípio da liderança, que não é nada oficial. O governo é investido em medida espiritual, trata-se de uma questão espiritual. Filhos primogênitos, as quarenta e oito cidades - tudo é uma expressão de Sião. Sião agrega tudo. É plenitude espiritual, maturidade espiritual pela qual Deus governará.
É impressionante lembrar que um nome sempre significa alguma coisa na Bíblia. Podemos lembrar de como os faraós deram seus nomes às suas cidades - Ramsés é um exemplo. A cidade é uma obra de um homem, produzida por ele, e ao dar seu nome a ela ele está indicando sua plena satisfação com a obra realizada ali. Como regra geral, não permitimos que nossos nomes apareçam naquilo que não aprovamos.
Em Apocalipse 14 vemos Sião, e ali temos um grupo de pé sobre ela, ”tendo na fronte escrito o seu nome e o nome de seu Pai” . Isso significa que Deus não hesita em colocar Seu nome neles; Ele está completamente satisfeito. O nome de Jesus representa que Deus está perfeitamente satisfeito com a obra que o Senhor Jesus realizou e Ele lhe deu “o nome que está acima de todo nome”. Aqueles cento e quarenta e quatro mil de pé no monte Sião penetrou tão completamente na obra de Deus em Cristo, que Deus não hesita em colocar Seu nome sobre eles. Eles carregam Seu Nome. É Sião, com o Nome do Senhor.
Veja o que isso significa. Precisamos chegar a esse lugar onde Deus está satisfeito. E que lugar é esse? Deus não está satisfeito com nada nesta terra. É somente lá no Seu Filho, nas regiões celestiais, como não pertencendo a este mundo, que Deus encontra Sua satisfação. É ali que O Nome está, e é a partir dessa perfeita satisfação de Deus que o Espírito Santo vem a nós com todo o poder do Nome. E quão poderoso esse Nome provou ser!
Mas percebemos que algo aconteceu. O que? Olhe para as pessoas envolvidas em Atos 2. Primeiro, veja essas pessoas alguns dias antes. “Então, deixando-o, todos fugiram.” (Mc 14:50). Eles não gostaram de se associar ao Seu Nome. “Você é um dos Seus discípulos?” “Não, não sou, não tenho nenhuma relação com Ele!”. Antes, eles se envergonharam de Seu Nome.
Então como aqueles dois discípulos estavam miseráveis e totalmente desesperados enquanto trilhavam o caminho de Emaús. Por quê? A resposta está em uma palavra - mundanismo. Todo o horizonte deles era terreno. Eles haviam procurado o reino de Deus em termos de poder terreno e temporal, prosperidade e posição. Tudo para eles se relacionava a esta terra, a esta vida aqui embaixo e em como as coisas os afetariam aqui e agora; e isso provou ser sua ruína. A Cruz acabou com todas as suas esperanças. Entretanto algo aconteceu. Quando Cristo ressuscitou, pelo espaço de quarenta dias, Ele repetidamente apareceu a eles. Algo estava acontecendo; eles estavam recebendo uma nova visão celestial, uma concepção espiritual das coisas, uma transformação das suas perspectivas: e então o Espírito veio e estabeleceu Seu grande selo sobre tudo. “Meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36) o Senhor havia dito, e agora eles sabiam o quanto isso era verdade. Tudo era celestial, e aquelas velhas concepções não os limitavam mais.
Quando o Espírito veio, eles eram homens emancipados deste mundo, emancipados dos laços mais fortes que um homem poderia conceber - os laços religiosos. Oh, quão poderosos eram seus laços judaicos! Mas agora eles estavam emancipados disso. A visão de Cristo em glória fez o que nenhuma força combinada nesta terra poderia fazer com Saulo de Tarso. Isso o emancipou de seu judaísmo. Considero esse um dos maiores milagres do Novo Testamento - a translação em espírito de um homem da terra para o céu, em um instante, por meio de revelação. Uma completa emancipação. Esse é o reino do poder do Nome. Essa é a natureza das coisas onde a glória do Nome se manifesta.
Precisamos de uma nova apreensão do que significa estar assentado junto com Cristo nos céus, uma experiência espiritual real de emancipação das coisas daqui com todas as suas preocupações e ansiedades; estar tão livres das coisas daqui ao ponto de estarmos na posse de tudo! Paulo disse: “Tudo é vosso”. A vida é sua, a morte é sua, o mundo é seu, todas as coisas são suas (1Co 3:21-23).
Entender o que isso significa é uma tremenda elevação espiritual. Significa, em uma palavra, que você chegou ao lugar onde os céus governam, e tudo o que o Senhor deseja que você tenha, você terá; não importa o que os homens ou demônios digam a respeito, é seu. Prioridades? Você não terá nenhuma prioridade aqui, mas pode ter prioridades sempre que o Senhor quiser. Ninguém sabe como acontece. Você pode estar no final da lista de espera, mas se o Senhor assim demandar, você sobe para o topo. Transporte ou qualquer coisa será seu, se o Senhor assim desejar. Esta é uma posição gloriosa para se ocupar. Estamos muito contentes em não ter nada, se o Senhor não quiser, mas se tivermos em nossos corações que o Senhor quer, teremos o direito ir até o céu e tomar posse; é nosso. Você descobrirá que funciona assim. De uma forma ou de outra acontece, mesmo quando todo mundo diz que é impossível - simplesmente acontece, acontece.
Os céus governam aqueles que pertencem ao céu e vivem no céu. Precisamos saber que existe uma poderosa autoridade no Nome; mas para que ocorram todas as suas formas de manifestação é necessário que estejamos na posição celestial. O Nome é impotente quando estamos tocando esta terra em uma associação voluntária. Mas esteja posicionado no lugar do Nome, peça o que quiser e será feito. Se soubermos apenas a posição do Nome em relação a tudo, teremos a chave de toda a situação. O Senhor nos faça entender mais o que é o Nome do Senhor em Sião.
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