por
T. Austin-Sparks
Primeiramente publicado na revista "A Witness and A Testimony", em Dez 1927, Vol. 5-12. Origem: "Corporate Company". (Traduzido por Marcos Betancort Bolanos)
Há várias passagens que deveríamos ler juntamente, primeiro em João 1:32-34: "E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus".
Esta foi a confirmação do testemunho de João Batista, e é de um caráter incrível quando pensamos acerca disso, os céus abertos! O Espírito na Sua totalidade repousando dentro e sobre Aquele! Veja João 3:34. Por isso Aquele, possuindo e possuído pela totalidade do Espírito de Deus iria batizar no Espírito de Deus. Esta é a clara evidência da Sua deidade. Pois quem pode batizar no Espírito de Deus além do próprio Deus? "Eu vi, e dou testemunho que este é o Filho de Deus", Filho de Deus nesse sentido supremo que obtemos por revelação: não o Filho de Deus separado ou desassociado de Deus, mas o Filho de Deus como Alguém com Deus o Pai, isto em Um Espírito. Pois há somente um Deus - Deus o Pai e Deus o Filho relacionados na Vida de Um Espírito como o eterno e imutável Deus. Portanto, nós não desassociamos o Filho do Pai; muito menos desassociamos o Espírito de ambos. Eles vivem em e pelo Único Espírito.
Portanto, se o Espírito desceu sobre Ele como Homem na Sua totalidade, então Ele não é senão Deus Encarnado. E Ele batiza no Espírito, quem é o Seu próprio Espírito como também o Espírito de Deus Pai.
Mas não ainda! O calvário, e a Sua Ascensão triunfante para a Cabeça Trina (Divindade) deve vir primeiro. No entanto, mesmo nesta fase inicial, Aquele que do contrário seria irreconhecível é consequentemente revelado a João Batista para batizar no Espírito de Deus quando Ele como Homem, fosse glorificado. E fazemos isso entrar nos nossos corações para a fé. Como pode um Homem batizar no Espírito do Eterno Deus a menos que esse Homem seja Deus mesmo?
Encontramos este testemunho de João Batista confirmado naquela passagem familiar de João 7:37-39: "Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado".
Torne agora para o Capítulo 14 de João, e precisamos lembrar que a verdade central dos capítulos 14 ao 16 de João é acerca do Espírito - Paracleto ou Consolador - no versículo 16 lemos, "Eu pedirei ao Pai (Eu, o Filho do Homem, Glorificado, Ascendido ao Trono da Deidade, pedirei ao Pai, Quem compartilha uma Única Vida Comigo no Espírito) e Ele vos dará outro Consolador..." Precisamos reconhecer aqui, como já temos feito muitas vezes nestas "reuniões de comunhão", que o primeiro Consolador que veio do Pai foi o Filho. O próprio Jesus na Sua Presença aqui na terra como homem em semelhança da carne pecaminosa, isto é, não sendo um ser fulgurante como Adão era antes que caiu, mas um ser como nós mesmos na forma externa, cobrindo a Sua glória, que Ele era o primeiro paracleto de Deus, o próprio Deus presente na forma Humana entre nós. Ora, haverá outro Paracleto, outra Apresentação de Deus; mas esta não será num sentido limitado, nem numa experiência externa, mas num sentido universal, e numa experiência interna, porquanto Ele virá para habitar nos que creem no Nome do Filho de Deus Ascendido. Jesus, limitado e local aqui na terra se tornará Omnipresente, Omnisciente, Omnipotente na Sua Ascensão: Ele encherá os céus, e o universo subsistirá através Dele, e Ele derramará o Seu Espírito do Pai que também é o Seu próprio Espírito no Homem glorificado, "para que Ele habite com você para a época".
Esta é uma leitura muito importante do verso, "para sempre" é literalmente "para a época". O Espírito Santo é dado para o propósito de uma época. Ele não fora dado em nenhuma época anterior, pois "Jesus ainda não tinha sido glorificado". Ele não será dado assim em nenhuma época futura, pois um determinado propósito é para ser atingido nesta época, a qual é um parêntesis dentre as épocas, sendo chamado o "Hoje" do Espírito Santo; e quando este propósito seja realizado, "os séculos vindouros" serão introduzidos. Nós já devemos conhecer esse propósito, é a construção de uma Habitação para Deus. O Espírito é liberado para isso da Cabeça Trina como estando no Homem-Deus Ascendido, para uma determinada obra e operação nesta época. Lendo mais, "Ele é o Espírito da Verdade (a Verdade de Deus no Homem, Jesus Cristo, a Verdade da Encarnação, a Verdade do mistério da Piedade, Deus manifesto na carne) Quem o mundo não pode receber porque não O vê, nem O pode conhecer: mas nós O conhecemos (Ele diz aos discípulos), pois Ele habita convosco. Ora, na Minha Presença, o Consolador já está aqui. Eu sou Deus presente entre vocês através Dele, e aquele que Me vê, vê o Pai. Você terá reconhecido a Presença de Deus em Mim, o primeiro Consolador. É o mesmo Espírito que está em e sobre Mim que enviarei para estar em e sobre vocês. Eu, aqui e agora, sou o Consolador vindo na carne: Ele será o Consolador, o mesmo Consolador de fato, mas no Espírito, Meu Espírito, O Espírito do Pai, mas em você como a sua vida e como o seu Deus, Quem revelará a Mim como na Cabeça Trina (Divindade), e trabalhará em e sobre vocês para vos construir com todos os filhos nascidos do céu no meu próprio Corpo! Ó, a maravilha desta graça Soberana de Deus. Quais são estas coisas que o Deus Salvador da humanidade e de Israel está dizendo para estes futuros membros do Seu Corpo? E, amado, Ele está falando para nós também. Ele estará em vocês. "Não vós deixarei órfãos, como estes que são cortados da Presença e Sustento da Paternidade, como desolados, separados na essência da vida do Deus Pai". Deus no céu, muito distante; e você na terra tentando nutrir uma fé desesperada. Contudo, quantas vezes é este o caráter do que é chamado "experiência cristã"? Filhos de Deus, desesperadamente sozinhos, aparentemente cortados de todo recurso espiritual, tentando segurar algum assentimento mental, e o tempo todo tendo um tempo mau e solitário. Não, isto não é o que o Senhor declarou que seria o nosso estado. O Espírito Consolador virá, assim como realmente Jesus o Cristo veio como Consolador na Sua carne, e a mesma Presença de Deus como estava em e sobre Ele estará em e sobre você, em medida, pois Ele estava em e sobre Ele sem medida.
Observe como os intercâmbios das Pessoas na Tri-Unidade aparecem nestas palavras, "Eu virei; Nós viremos (O Pai e o Filho); Ele (O Espírito) virá". Você não pode desassociar as Pessoas da Trindade, pois Deus é Um. Mas esta vinda da Plenitude que parte do Senhor Ascendido é para ser a consequência do Triunfo no Calvário, o resultado da Glorificação do Filho do Homem na Cabeça Trina através da Paixão da Cruz. "O que acontecerá quando virdes o Filho do homem ascender para o lugar onde estava antes?" Mas não como Filho do Homem na Sua limitação autoimposta, mas o Filho do Homem que é Filho de Deus no Poder Infinito e Glória da Deidade, um Homem batizando no Espírito Divino, batizando a Sua igreja na Sua própria Vida e Ser, e por conseguinte comprovativo da Sua Deidade, do Seu Triunfo, "Eu vou até você. Eu, Jesus com o Pai, e no Espírito, como Um Deus com eles, vou!" Palavras maravilhosas!
Antes destes capítulos Ele esteve dizendo algo que para os Seus discípulos parecia ser estranho e místico, pois em resposta às protestas sinceras de Pedro, de total devoção mesmo até a morte, Ele disse, "Para onde eu vou, não podes agora seguir-me; mais tarde, porém, me seguirás". Para onde Ele estava indo? Não apenas para a Cruz, mas retornar para a Cabeça Trina através da Cruz, e isto como Homem, Ele ia enfrentar na Sua alma solitária e abandonada de Deus, pois foi na Sua alma, Sua autoconsciência como homem, que lá no jardim e sobre o madeiro, como o Pecador representativo, como o Cordeiro de Deus, que Ele enfrentou tanto a acusação como o poder do inimigo e o juízo da Natureza Divina sobre o pecado. Ele provou uma morte espiritual por todos os homens, principalmente essa separação de Deus na Sua alma. Mas tendo isso enfrentado e vencido Ele despediu o Seu Espírito puro para assumir seu Lar eterno no Seio do Pai.
Assim, vemos que temos na Paixão do Senhor Jesus, não somente a salvação do homem, quando Ele toma para Si mesmo o peso da nossa iniquidade, "Deus fazendo cair Nele a iniquidade de todos nós", mas nós temos também uma vindicação da Natureza Divina diante do inimigo, a justificação de Deus mesmo. O próprio Satanás não terá nenhuma acusação a fazer contra o Todo poderoso. Você tem de reconhecer que na Cruz há uma vindicação de Deus como Deus. Isto é o que lemos em 1 Timóteo 3:16, que o mistério da Piedade não é somente o fato de Deus sendo manifesto na carne, mas que Ele também é justificado no Espírito, e é assim que Ele é agora visto pelos anjos, etc. A maravilha da Cruz é que Deus estava em Cristo fazendo tudo isto. Era através do Espírito Eterno que Ele se ofereceu a Si mesmo. É Deus Quem está vindo através da Sua criação na Sua Auto-vindicação do Seu amor sacrifical. Por isso Paulo diz em Romanos 3:4, citando o Salmo 51: "de sorte que és justificado em falares, e inculpável em julgares". Deus mesmo está livre. Satanás será obrigado a confessar com todos os pecadores diante de uma assembleia universal no grande Juízo que Deus é Santo, Puro, inteiramente Amor - sem mancha do caráter sobre o qual alguma acusação pudesse ser feita, pois é Ele próprio Quem passa este caminho na Paixão de Cristo, e como Homem ascende no Seu Trono "Justificado no Espírito". Todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Jesus é Senhor, e isto para a Glória do Pai, Quem, pelo Espírito habita em e sobre Ele.
Portanto, o CAMINHO que Ele está trilhando, o qual nenhuma carne pode seguir, é o CAMINHO através da Cruz até a Ascensão, para que Ele seja glorificado na Cabeça Trina. Devemos ver muito mais na ressurreição do que o seu mero aspecto físico; nós enfatizamos isto constantemente. Não é a mera reanimação do corpo de nosso Senhor, mas algo muito mais do que isso, embora inclua isso. A ressurreição dentre os mortos é a glorificação do corpo para se tornar o santuário da Deidade, uma habitação de Deus pelo Espírito. É a revelação da natureza Infinita da ressurreição que precisamos ter, principalmente, que é o objetivo da realização da Paixão do nosso Senhor na qual Ele atravessa voltando para a Cabeça Trina como o Filho, mas agora como Homem. Existe uma Infinita expansão do relacionamento da Sua pessoa neste ponto. Ele que se tornou, como se fosse, limitado e local neste pequeno planeta; Ele, o Criador que se submeteu à vida de uma criatura, atravessa voltando para a Deidade Infinita ressurreta pela Glória do Pai até a Cabeça Trina. Esta Glória da Ressurreição como um Ato Infinito de Deus, e este é o ponto anotado em Hebreus 1:5, "Tu és meu Filho, hoje te gerei?" Você tem observado como a partir desse momento Ele é abordado como Deidade no capítulo, "O teu trono, ó Deus, é para todo sempre": "E Tu Jeová", versículo 10. Assim, a Ressurreição é vista no seu clímax como a Ascensão de Deus em Cristo, e a palavra a Natanael é cumprida, "Verás os céus abertos, e os anjos de Deus ascendendo e descendendo sobre o Filho do Homem". Criador Infinito!
Mas estamos falando do Seu impar e único CAMINHO pelo qual Ele, o Filho do Homem, feito pecado por nós, triunfasse naquela Cruz para tirar a autoridade do diabo sobre a raça dos homens, e voltasse a entrar na Glória da Cabeça Trina como Homem. Esse era o mistério que os discípulos não conseguiam entender. Nós o entendemos?
E por isso Ele diz, Capítulo 16, "Mas agora vou para junto daquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?" ...Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador (O Espírito Santo) não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei".
Assim, vemos que a consumação da Vitória no Calvário é a liberação do Espírito Santo como o Espírito da Vida em Cristo Jesus para os que aceitam a Sua morte.
Precisamos ainda ver que o batismo no Espírito Santo é um ato de Deus proporcional à Sua vida. Não é uma experiência individual isolada a ser desfrutada aqui na terra a fim de nos dar alguma autossatisfação na nossa fé, mas uma imersão na Vida Daquele que está no Trono. Por conseguinte, isso nos introduz numa unidade com Ele e com os demais que estão assim Nele. A expressão do Espírito, e a consumação do propósito do Espírito é União. Mas para realizar isto, interesses próprios e pessoais devem ser varridos do coração, ah, mas isto é a Cruz; e o batismo na Sua Vida faz necessário um batismo na Sua morte. A Sua vida é somente possível enquanto consentimos morrer, e morrer continuamente. A Cruz se torna um fato em nós através do Espírito. E esta é a manifestação da Sua Vitória diante dos principados e potestades, de que você e eu somos conduzidos a uma posição em que voluntariamente abandonamos as nossas vidas (almas) continuamente, damos consentimento a essa morte do Calvário sendo forjada em nós, para que a Sua Vida possa ser manifesta em nós também. Pois temos conhecido e crido no Amor de Deus como é revelado na Cruz.
Observamos que o Calvário foi um ato de Deus nesse Homem consumador que acolheu Nele mesmo toda a vida da criatura de Deus, e tem assim reconciliado todas as coisas Nele mesmo, coisas visíveis e invisíveis. E ao mesmo tempo, o Calvário que foi posto em vigor neste pequeno planeta abrange o universo e além. É presenciado no tempo e espaço, e assim o vemos, mas é infinitamente maior do que podemos ver ou medir. É o próprio Deus entrando pelo Seu universo, cumprindo a Paixão, e depois retornado para o Seu Trono no Homem. Como temos dito mais de uma vez recentemente, é a maior das maravilhas que o Deus Eterno, o Criador dos céus e a terra, faça deste pequeno planeta a cena de uma vitória universal. Mas é assim, e as palavras iniciais da escritura não são certamente sem nenhum significado neste aspecto, "No princípio o Deus Trino se uniu para criar os céus e a terra", a terra foi unida num relacionamento significativo com os céus. Quanto mais se sabe dos âmbitos deste universo com suas incríveis distâncias, espaços, multidões de estrelas e constelações, mais maravilhoso é este poderoso Evangelho, que nos diz que aqui neste minúsculo mundo, e nesta forma de vida humana que você e eu partilhamos, o próprio Deus viesse e registrasse uma Vitória que trouce de volta o universo para esse propósito do Seu Amor Divino que o mistério da iniquidade parecia ter frustrado com êxito.
Mas, ó, quanto precisamos ser humildes e educáveis; quanto precisamos estar constantemente clamando a Deus para que Ele olhe com misericórdia na nossa ignorância nativa, para clarear a nossa escuridão, e para nos conduzir para os conselhos do Seu Espírito a fim de que conheçamos as coisas que Ele está procurando realizar na terra, e cooperemos com Ele, e não impeçamos Ele com a nossa intromissão e afazeres.
Consideremos o pobre Homem de Deus, Este sofredor, humilde, que aqui na terra foi desprovido de tudo menos de fé, e viveu por essa fé em humilde obediência aos recursos do Espírito, negando a Sua alma pura e sem pecado. Ó, essa humildade de Cristo! Ele era perfeito nessa continua auto-renúncia. Ele que tinha sido rico na Cabeça Trina se tornou voluntariamente o mais pobre dos pobres. Nenhum de nós tão pobre como Ele! Mas foi na Sua pobreza de recursos Nele mesmo que lhe era permitido pela fé extrair os recursos do Pai para toda a obra da graça. A Cruz que nega a vida própria estava continuamente operando Nele, e o Calvário foi apenas o clímax a essa obediência da Sua fé.
Ele nos foi dado como exemplo que devemos cuidadosamente seguir. Se alguma vez houve um tempo em que os filhos do Senhor foram aconselhados para serem verdadeiramente humildes e educáveis é agora no fim da época, pois, creiam-me, amados amigos, o Deus Todo-poderoso está procurando fazer uma coisa no fim da época que será a maravilha da eternidade. Enquanto Ele obtém um povo agora consentindo tanto a Cruz, tão abandonado a Deus, tão preparado para permitir que isso seja operado nas suas vidas que eles desaparecem, Deus o Espírito Santo agirá e levará essa companhia corporativa diretamente para o Seu Trono. Mas será uma companhia corporativa (não uma translação individual, como Satanás captura o eu nas coisas mais santas do propósito de Deus), e o triunfo da sua fé significará no aparecimento dos que dormem em Jesus, e assim a manifestação dessa coroação do próprio triunfo de Deus virá, o Corpo glorioso de Cristo. Ele está procurando realizar esta obra poderosa em você e em mim como membros constituintes desse Corpo.
Se a liberação do Espírito Santo é a consequência da Vitória no Calvário, a concretização do Corpo de Cristo é a consumação dessa Vitória.
Sem a habitação e continua revitalização do Omnipotente Espírito do Cristo você e eu não poderemos entrar no processo dessa consumação; não seremos membros contribuintes. A investidura do alto, a vestidura do espírito regenerado com o Espírito do Senhor Ascendido e Glorificado é essencial para o testemunho da igreja nesta terra e nos céus. O Consolador deve vir ou a igreja não existirá como tal. Crentes individuais podem haver, mas qual seria o proveito disso? A fé deles, do seu tipo, perecerá com eles, ou persistirá meramente como uma relíquia de um credo passado. Acaso não existem muitos exemplos do Pseudo-Cristianismo no mundo? Mas é uma companhia corporativa persistindo ao longo desta era como o instrumento do Único Espírito que tem efetuado todo o propósito mundial Divino; e no final, como no princípio, esta companhia deve ser manifesta diante dos principados e potestades. No dia de Pentecostes 120 pessoas foram tomadas por um poderoso ato de Deus para formarem uma unidade da Vida com o Senhor Ressurreto e Ascendido. Pelo Único Espírito eles foram batizados num Corpo. Não existe nenhum outro batismo. E Ele é o Espírito para a época: Ele vem para um propósito da era. Já temos observado João 14:16: "para que Ele fique convosco para a época"; faça a conexão com as palavras finais do evangelho de Mateus, a tradução literal é, "eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação do século"; Deus está procurando ocasionar uma consumação, e isto somente pode ser efetuado pelo Espírito do Senhor Triunfante; mas Ele novamente está limitado a um instrumento corporativo na terra, e este é o Corpo de Cristo como é achado na unidade do Espírito. Como de seriamente devemos buscar e orar por uma compreensão da Unidade pelos membros do Corpo de Cristo, e do fato de que o Espírito Santo não é dado mais para uma experiência individual do que para a nossa revitalização em oração de amor desinteressado para um fim comum.
Por esta altura você saberá como o Senhor tem colocado esta necessidade para orar no Espírito Santo, como uma carga no coração, e continuamente o enfatizando para o bem próprio; pois esta paixão de Deus na oração não está em você ou em mim por nenhuma obtenção de devoção religiosa. Nós não podemos entrar nisto no nosso próprio desejo. Está no Espírito Santo, isto é, está em Deus, no Ser Divino; pois é o Seu Amor, Seu Desejo, rompendo nos nossos espíritos renovados. Não está nem nesse espírito nascido de cima em si, mas no Espírito do nosso Senhor Ascendido. Esse orar é o orar Dele. É Ele mesmo pedindo a herança ao Pai no Trono, mas como rei através dos membros do Seu Corpo, e essas orações do Trono sendo proferidas na terra.
Em consonância com o desejo de T. Austin-Sparks de que aquilo que foi recebido de graça seja dado de graça, seus escritos não possuem copirraite. Portanto, você está livre para usá-los como desejar. Contudo, nós solicitamos que, se você desejar compartilhar escritos deste site com outros, por favor ofereça-os livremente - livres de mudanças, livres de custos e livres de direitos autorais.