por
T. Austin-Sparks
Primeiramente publicado na revista "A Witness and A Testimony", em Out 1927, Vol. 5-10. Origem: "The Cross and the Overcoming Life". (Traduzido por Marcos Betancort Bolanos)
e um quer, bem no inicio, dizer algo a fim de situar-vos, e isto é – nenhum de vocês serão jamais vencedores. Você pode ter isso como chave para a conferência, no sentido em que por muitos anos, muitos de nós, temos pensado ser vencedores. É claro, sei que isso requer muita explicação, mas digo isso simplesmente porque é necessário estabelecer de uma vez por todas, que nós, em nós mesmos, nunca seremos vencedores, e isso abre o caminho para todo este tema, e sua realidade do significado a obter do Senhor para nós. Só há um Vencedor no universo, e esse é o Senhor Jesus Cristo mesmo, e se jamais houver algum outro vencedor, eles não serão outros de modo nenhum, eles serão simplesmente uma extensão de Sua superação – uma expansão de Sua vitória. Será por motivo de uma vital unidade corporativa com Ele, o qual não são duas vidas, duas experiências distintas, mas que é uma e a mesma experiência compartilhada. Essa é a natureza do vencer. Será simplesmente na Sua parte, o partilhar de Seu próprio triunfo, o compartilhar de Sua própria vitória, para que não se tornem várias vitórias, ou milhares de vitórias, mas fica uma vitória em Um Corpo, não uma multidão de corpos; e para perceber essa verdade, e o significado e natureza disso, você tem que voltar atrás um longo caminho. Não ao Calvário, mas muito, muito mais para trás do que o Calvário; você tem que voltar direto até antes de que o mundo existisse, e descobrir o segredo do coração de Deus. Aquilo que estava envolvido em Sua própria mente quanto ao Seu propósito secreto para o qual Ele iria trabalhar através das épocas, e na plenitude dos tempos revelar, para que não fosse mais um mistério escondido, porém ainda um mistério, embora um mistério revelado.
Agora isso pode parecer complicado para você. Pode alguma coisa ainda ser um mistério quando tem sido revelado no sentido em que temos falado do mistério de Cristo a pouco tempo? Que ninguém cujo espírito não tenha sido iluminado pelo Espírito pode jamais entender ou perceber; que para o crente e a companhia de crentes conhecida como o Corpo de Cristo, ainda permanece um enigma e um mistério na esfera da carne, e inclusive nas suas próprias carnes, não apenas no mundo; que somos um quebra-cabeças para nós mesmos, e nossa experiência mais profunda em relação ao Senhor é algo que nunca poderemos entender com nossas próprias mentes, algo que derrota e corrompe totalmente todos nossos próprios esforços para analisar e entender. O que está acontecendo no centro de nosso ser pela operação do Espírito Santo vai além de nós, todo o tempo, e tudo o que sabemos é que temos que acompanhar algo que está acontecendo. Este algo que está sendo revelado não ao nosso entendimento externo, mas à nossa convicção interna, e temos que continuar pela fé; e somente ao seguirmos pela fé obteremos alguma revelação quanto à natureza do que está acontecendo, às vezes torna-se claro; e requer bastante persistência, progresso e resistência neste processo misterioso das operações divinas em nossa vida antes que tenhamos entendido apenas um pouco do que o Senhor está fazendo conosco, e do que o Senhor está à procura. Aparece um dia, e o percebemos claramente; mas aí está, um mistério todo o tempo; e no entanto, para nosso espírito é um mistério desvendado, um mistério revelado; para nossa carne e para o mundo, e para toda carne à nossa volta é ainda algo demasiado profundo para a compreensão natural, ou entendimento humano, ou a manipulação e análise de nosso próprio pensamento. Não podemos desenredar isto.
Ora, isto estava no coração de Deus antes dos tempos eternos, revelado em Cristo, somente em Cristo, na plenitude dos tempos. Uma verdade eterna, não algo que apenas aparece e é mencionado pela primeira vez em algum período na história, mas algo que foi mencionado através de todas as épocas, mas que tem sua interpretação dada na plenitude dos tempos. Existe muita diferença entre o sacudir algo da parte de Deus continuamente, e a compreensão espiritual do significado desse algo. Você nota como de frequente isso era assim, ainda no caso dos discípulos do Senhor. O Mestre estava dizendo coisas a eles todo o tempo, mas Ele tinha que encerrar Seus discursos e Suas atividades dizendo - “o que Eu faço, vocês não o sabem agora, mas o saberão depois, e as coisas que Eu vos estou falando, vocês não as entendem agora, mas vocês as entenderão mais tarde”. E você encontra esse depois, nesse próximo depois, quando o Espírito Santo, o Interpretador veio, então eles lembraram Suas palavras. Depois eles lembraram que foi falado; e lembraram que Ele tinha dito estas coisas, e elas acabaram de acontecer. Ele sabe; tinha sido estabelecido o tempo todo, e Deus está dizendo Suas coisas eternas por todas as épocas, mas não é até que os tempos de Deus chegassem que a interpretação é dada. É por isso que eu vigoro mais fortemente que a verdade do Corpo de Cristo não foi mencionada por primeira vez pelo apóstolo Paulo. Não foi algo que apareceu mencionado e referido em algum momento do Novo Testamento; é algo que está por todo o caminho através das escrituras, desde o principio até o final; justamente assim como a Cruz está, e outras dessas grandes revelações. Elas estão aí por todo o percurso, mas não é até o momento certo e uma certa condição é percebida, que a interpretação é dada.
Agora veremos isto neste mesmo tema, portanto, voltamos para os tempos eternos que estavam no coração e mente de Deus, e descobrimos que uma eleição dupla é feita de Sua parte para a realização de Seu propósito. A eleição de uma Cabeça e a eleição de um Corpo, as duas, é claro, compreendem uma entidade. A eleição da Cabeça e dos muitos membros para compreender com a Cabeça um Corpo – a dupla – eleição feita por Deus. Estamos lá atrás antes que houvesse alguma queda - “na presciência de Deus fomos escolhidos Nele antes da fundação do mundo”, e esse Corpo eleito estava lá, e depois colocado além do alcance de qualquer poder destrutivo, ou de qualquer possibilidade de falência, por isso, ainda que as fortes desilusões dos últimos dias possam levar multidões para longe, e as decepções serão de tal natureza que será quase impossível de discernir e evitar, chegará até o ponto de que o próprio eleito seria enganado, se fosse possível. Mas não é possível! Deus assegurou isso além da possibilidade da derrota, ou fracasso, ou uma decepção que o arruinaria como instrumento eternamente escolhido e eleito de Deus para Cristo. Tenha isso agora como apenas verdade básica, e tome sua Palavra, e veja que lá está. Está lá por todo o percurso, e é algo muito abençoado de lembrar.
Claro que sim, eu sei, fazer possível para nosso entendimento finito muitos problemas, mas estas coisas não são reveladas em todo seu significado na Palavra de Deus, e é, considero, para não serem supostamente entendidas ainda. Existem esses problemas históricos ou teológicos que ainda não têm sido capazes de serem explicados completamente. Por exemplo, a eleição segundo a presciência de Deus sobre e contra o absoluto livre arbítrio do homem. Como você reconcilia isso. Mas aí estão, e o desenvolvimento da eleição é na base da fé da parte do eleito. Ora, como você coloca estas duas coisas juntas? Têm muitas outras; mas não estamos a ficar com isso. O fato básico é isto. Que Deus tem, antes dos tempos eternos, escolhido um Corpo em Cristo com o mesmo tipo de escolha com o que Ele escolheu Cristo como o Cabeça do Corpo; e este Corpo sendo um, muitos membros mantendo a Cabeça, é um em seu último triunfo inevitável o qual não pode ser destruído. Ora, como isso vai ser ocasionado? Bem, o método de Deus é em seguida revelado, e isso é pela encarnação. Somos familiarizados com certas passagens. Você pode lembrar tal passagem, por exemplo, como esta – Colossenses 1:27, “o mistério o qual esteve escondido desde todos os tempos e gerações, o qual é Cristo em você, a esperança da glória”. Efésios 5:30, “somos membros de Seu corpo, de Sua Carne e de Seus ossos... Este mistério é grande”. Passagens como essas, as quais são eternas em seu rodeio, levam você bem de volta atrás, e bem adiante. Adicionaremos outras passagens a essas ao continuarmos, mas o método de Deus é pela encarnação. Cristo como Deus encarnado. “Portanto, visto que os filhos são participantes de carne e sangue, assim Ele também participou dessa condição humana”.
O assunto inteiro da encarnação de Cristo é tão frequentemente tratado aqui que penso que não é preciso ficar com isso. Nós o aceitamos, mas devemos reconhecer isto, que o último propósito de Deus não é encarnação meramente numa entidade individual conhecida como Jesus de Nazaré. A última e plena intenção de Deus com relação à encarnação é que Ele encarnasse a Si mesmo nesse Corpo, esse Corpo eleito, para que assim venha a ser o santuário de Deus no qual Ele habita – o templo de Deus no qual Ele habita, e tudo o que era verdade em figura do tabernáculo no deserto e no templo, e infinitamente mais, é verdade da Casa de Deus, o Corpo de Cristo, a esfera, centro e veículo de Sua própria manifestação e de Sua glória.
Lá está Deus, como Deus disse - “Neles habitarei e entre eles andarei”. Ora, quando você reconhece e percebe que é Deus quem tem vindo da eternidade, primeiramente encarnando a Si mesmo num corpo histórico individual separado, e realizando esse imenso trabalho da Cruz, que tem mudado a forma de Sua encarnação após essa realização, e se tornado, como o fator no Calvário, encarnado no Corpo e em todos seus membros. Aí você tem o eterno secreto da vitória de Deus, a qual é o vitorioso Cristo residente pelo Espírito Santo no interior do crente – dentro da Casa de Deus. A grande diferença entre as duas dispensações da Bíblia – o Velho e o Novo – é que um é sempre objetivo, e o outro é subjetivo. O Velho, até o Calvário, incluindo a experiência, era objetivo. Tudo era objetivo. Você vai para o deserto, a Cruz na figura da serpente levantada – é objetivo, e aquele que a olhava, vivia. Quando nós cantamos estes hinos sobre “olhem e vivam!” não devemos ter uma mentalidade materialística objetiva e ter esta concepção de olhar para alguma coisa – olhando para algo – temos que olhar para essa realidade espiritual para ser feita real e experimental dentro de nosso próprio espírito. A grande diferença é entre o objetivo na velha dispensação, e tudo tornando-se subjetivo na Nova. O Calvário não é objetivo agora; o Calvário é subjetivo. Deus como no sangue, não é objetivo, mas subjetivo. Tudo é subjetivo. É no interior, porque Ele está dentro do centro de todas as coisas; E ele é a soma total de todas as coisas.
Agora, amados, você consegue chegar até esse ponto? Já teve realmente um despertar espiritual para esse fato básico? Faria a maior diferença possível em sua experiência. Um falou de como o Mestre sempre estava referindo-se a esta mesma coisa. Você lembra como de frequente Ele estava falando disso. Tome Sua parábola da videira e seus ramos. Penso que o descobrimento de Hudson Taylor da realidade da vida corporativa com Cristo através dessa parábola é uma das mais bonitas exposições da verdade que poderíamos ter. Gostaria de apenas dá-la a você: “ao pensar na videira e nos ramos, o Senhor, o bendito Espírito derramou diretamente em mim, quão grande parecia meu erro em ter desejado obter a seiva, a plenitude Dele. Vi não apenas que Jesus nunca me deixaria, mas que eu era um membro de Seu corpo, de Sua carne, e de Seus ossos. A videira que agora vejo não é meramente a raiz, mas tudo – a raiz, talo, ramos, galhos, folhas, flores, fruto – e Jesus não é apenas isso, Ele é o solo, e luz do sol e chuvas e dez mil milhares de vezes mais do que jamais pensávamos, desejávamos, ou precisávamos”.
Oh, a alegria de ver essa verdade, a unidade, que a única Vida está em todos, em cada parte até a mais extrema folha ou galho ou pedaço! E essa Vida, amados, é a Vida pela qual Jesus conquistou a morte! Essa é a Vida de Sua ressurreição.
Ora, nosso erro tem sido justamente em tentar e alcançar a vitória do lado de fora, pelejar, lutar, para ser vencedores e travar uma guerra terrível, sem reconhecer que o único triunfo e a única guerra é aquela que Cristo, Ele mesmo, trava e alcança. Um tem encontrado esse tipo de ajuda no reconhecimento desta maravilhosa realidade, e uma vez que se chega a apelar ao Senhor do interior, isto é fazer face à situação! Oh! A diferença de apelar a Ele como num lugar objetivamente, por fora, entrar e lidar com a situação! Nunca acontece nada ao longo dessa linha, mas reconhecer que Ele habita no interior – a compreensão e cumprimento dessa eterna intenção no mistério de Deus “que Cristo habite em seus corações pela fé”. Que você quer dizer com essa última parte da frase “pela fé?” Você quer dizer que Ele habita pela fé? Não, isso seria tanto como dizer que a fé faz ser aquilo que não é. “está é a vitória que vence, nossa fé”. Mas qual é a direção, ou a natureza dessa fé que vence? A fé que crê, e crer conta com, “maior é Aquele que está em você que aquele que está no mundo”. Vê, está é a vitória que vence o mundo. “Maior é Aquele que está em você que aquele que está no mundo”. Agora coloca esse fato de que “Cristo habite em seus corações pela fé”. Isto é, a fé considera o fato de que se você recebeu o Espírito Santo em seu espírito, você tem recebido Deus em teu espírito. Você tem recebido o Cristo triunfante no centro do seu ser, e em fé, apelando a isso, Ele manifesta-se a Si mesmo, e você descobre que este é o segredo de vencer.
Esta é a vitória que vence, a fé que se volta para o Senhor não objetivamente, mas interiormente e diz - “agora, Senhor, como em meu interior, apelo a Ti para levantar-Te e suprir a situação”. Há uma enorme diferença entre isso, e invocar ao Senhor e sairmos ao encontro da situação, Ele que já tem a vitória, que a possui, e habita em nós; e é por isso que foi dito no principio que nunca seremos vencedores nesse sentido desligado, ou separado. Ele é o único Vencedor, e Ele terá que fazer todo o vencer em nós, e por nós. Ele terá que operar Sua superação, operar Sua vitória, simplesmente partilhando conosco aquilo que Ele tem no interior, e isto é como “Ele prepara uma mesa na presença de nossos inimigos”. Ele partilha conosco o fruto da vitória bem no centro, e o que é mais central à situação do que nosso próprio espírito. Seu espírito, amado, e meu espírito, eles são o centro mesmo do conflito. Este conflito apenas aparece porque Cristo está no espírito, porque Ele está lá. Este tipo de guerra, este conflito é o desafio do inimigo, não para nós como tal, ele pode muito bem estalar os dedos a nós! Nunca pensemos que nós podemos enfrentá-lo. O Senhor nos livre de qualquer vã confiança de sermos capazes de enfrentar o inimigo, ele nos inalaria muito rapidamente, mas é porque o Senhor está lá, ele é o inimigo declarado de Cristo e ele quer destruir a manifestação de Cristo em nós; e portanto é uma batalha de natureza que não pode ser ajudada. Você tem visto algumas pessoas que nunca podem se encontraren no caminho um do outro, senão para brigarem, e como animais na rua, eles são inimigos declarados, eles nunca podem se ver um ao outro sem ficar com raiva e mostrar seus dentes. Perdoem o baixo nível da ilustração, mas é assim, o inimigo não pode chegar a nenhum lugar dentro do âmbito do Senhor Jesus Cristo, senão para mostrar seus dentes, grunhidos, e é porque Cristo está em você que a batalha se trava.
Agora, o Senhor tem que enfrentar o inimigo, tem que compartilhar justo na presença do inimigo os frutos de Sua vitória. Mas, é claro, nós não vamos deitar e dizer – agora, Senhor, simplesmente assento e Você enfrenta o inimigo. Isso não é. Ele está no nosso espírito, e Ele nos tem dado em primeiro lugar, um espírito e nos fez distintos de todos os outros resultados de Sua atividade criativa ao nos dar um espírito, porque Ele é um Espírito, e somente um espírito pode ter comunhão com espírito, ou entender espírito, ou conhecer espírito. Ele nos tem dado um espírito em primeiro lugar a fim de que houvesse no nível de Sua própria natureza e semelhança, cooperação como também comunhão, e pela Sua ressurreição, e nossa apreensão em fé do significado de Sua ressurreição para nós pelo Calvário, Ele tem despertado e levantado dentre os mortos nossos espíritos que foram imolados na queda, e trazidos para fora de seus sepulcros, fora do lugar de suas mortes, vivificando-os com Sua própria Vida pelo Seu próprio Espírito e entrando em nosso espírito para que nosso espírito, sendo energizado por Ele possa cooperar com Ele inteligentemente nisso. E isto é algo muito vital para lembrar, que o Senhor é vitorioso, e o Senhor está em você.
Não conflite com isto, porque um percebe que existem muitos dentre o povo do Senhor que estão simplesmente submergidos e derrotados e quebrados, e há muito que é uma contradição do fato de que Cristo está neles, pela simples razão de que seus espíritos não têm permanecido no Nome do Senhor e reivindicado Sua energização. Oh, como de maravilhosos são os resultados de um espírito divinamente energizado. Esse é o segredo e a chave para tudo. Isto é um terreno muito familiar para a maioria de vocês, mas talvez, por causa de alguns, é necessário para o Senhor nos levar de volta aos começos, e em todos os assuntos, ainda na esfera física onde não há recursos, onde há enfermidade e fraqueza, e a sentença mesma de morte – o segredo da realização da Palavra de Deus não é tendo nossos corpos revigorizados e ser curados e robustos, é tendo nosso espírito energizado pela Vida de Deus, para que nosso espírito possa levantar nosso corpo na hora da vontade de Deus, e carregá-lo a fazer a vontade do Senhor. Essa é a “maravilha” e o milagre perpétuo de Cristo habitando no interior – a esperança da glória. Você toma alguns dos pobres aleijados do Senhor, não há esperança de glória neles fisicamente, ou mentalmente, ou em qualquer outra forma; mas eles sim tornam-se uma adoração e uma glória a Deus, e a glória Deus é vista neles. Por quê? Em virtude da expressão desta verdade básica e central. “Cristo em você, a esperança da glória”, e eles estão contando com Ele numa forma positiva para manifestar o fato de que Ele está no interior. Certamente esse era o segredo da vida do apóstolo Paulo em todas suas enfermidades, em todas suas aflições, em todas suas fraquezas, em tudo que sobreveio sobre ele e interiormente surgiu na sua própria vida natural, que bem teria reduzido, para dizer o menos, ou inundado ele e posto ele finalmente fora de ação. “antes, trabalhei muito mais do que todos eles”. O assombroso disso foi esta continua energização do seu espírito, e seu espírito cooperando com Deus em levantar e reivindicar a energização; e assim ele fez o que era de outra maneira fisicamente impossível para ele.
Amados, não apenas na esfera física, mas em todos os outros aspectos, a necessidade do povo do Senhor é reconhecer que se eles são filhos do Senhor, eles tem nascido de novo, e se eles receberam a habitação do Espírito Santo – oh, permita pausar aqui! Esse é o ponto.
A questão toda da ênfase, da interrogação sobre essa questão “receberam o Espírito Santo quando creram? Sim? Se não, a intenção eterna de Deus de que você seja uma encarnação de Deus nesse sentido, tem sido frustrada. Esta pergunta de longo alcance num momento leva você de volta ao que Deus intencionou antes que o mundo era, de que você fosse habitado por Ele, o santuário de Deus por conseguinte. (E a necessidade de muitos dentre o povo do Senhor, repito, é reconhecer o elemento relativo na verdade. Eles estão todo o tempo fazendo-o pessoal, incidental, fragmentário, algo que é um pedaço da verdade, uma realidade espiritual isolada, algo para experiência pessoal, ao invés de ver que cada fragmento disto é relacionado às vastas intenções e propósito de Deus. Se você somente obter uma revelação da imensidão, da infinita gama de cada fragmento da verdade Divina, quão longe levaria você de volta, e quão longe levaria você adiante, e tudo isso está envolvido com isso – o fragmento menor – você sentiria o poder disso, e perceberia que existe uma dinâmica nisso; mas quando você o limita e o faz pessoal e local, perde todo seu poder, e você prossegue todos os dias de sua vida circulando ao redor disso aí e nunca torna-se algo experimental para você; e ao final você desiste. Você precisa, portanto, saber e reconhecer o elemento relativo na verdade – quão vasto é, e como é uma parte de algo que Deus predeterminou antes dos séculos e as gerações.)
Bem, isto está tudo em parênteses, mas voltemos para fora do parênteses a isto, que o que os filhos do Senhor querem reconhecer, acima de todas as coisas, é que se eles são totalmente Seus filhos, nascidos de, e desde Ele, tendo recebido o Espírito Santo para habitar no interior, eles devem em seus espíritos renovados cooperar com Ele, contar com Ele, exercitar a fé na realidade interior de Cristo, e esse é o único segredo da vitória. Você encontrará que o Senhor tem que fazer tudo para você, que você terá que, em espírito, contar com Ele e exercitar seu espírito em fé. Você terá que dizer – Senhor, não posso encarar isto, e Ele energiza. Muitas vezes teve que fazer isso eu mesmo, para deixar você num segredo – o Senhor realizando tudo, mas é a cooperação da fé. Oh, fé é algo tremendamente ativo! A fé não é algo passivo; fé não é apenas algo flácido, como se dissesse – o deixo a Você, Senhor, creio que Tu és capaz; e assim deixá-lo aí. Ora, essa não é a poderosa fé energizante de Deus pela qual Ele criou mundos.
Em consonância com o desejo de T. Austin-Sparks de que aquilo que foi recebido de graça seja dado de graça, seus escritos não possuem copirraite. Portanto, você está livre para usá-los como desejar. Contudo, nós solicitamos que, se você desejar compartilhar escritos deste site com outros, por favor ofereça-os livremente - livres de mudanças, livres de custos e livres de direitos autorais.